Altos representantes de mais de cem países, entre eles o Brasil, reúnem-se nesta quarta-feira (31) na sede da ONU, em Nova York, para retomar as discussões sobre o processo de reconstrução do Haiti, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro. A missão da conferência é arrecadar R$ 6,8 bilhões (US$ 3,8 bilhões) de governos e entidades privadas.
Ao contrário do primeiro encontro desse tipo - ocorrido menos de duas semanas após a tragédia e marcado por muitas boas intenções, mas por pouca ação - a nova reunião deve representar a partilha de responsabilidades entre os países que se comprometeram a ajudar a nação mais pobre do hemisfério Ocidental a se reerguer.
Prova do foco prático que deve marcar o encontro é que a ONU, em comunicado, disse que "somente os países que fizerem novas doações para recuperação de longo prazo poderão se pronunciar" durante a conferência. Os protagonistas da reunião deverão ser os Estados Unidos, que têm interesse estratégico em manter a estabilidade da região, o Brasil, que lidera as tropas de paz na área, e a União Europeia, que anunciou doações de quase R$ 1 bilhão.
As ações dos países doadores vão se basear nas prioridades estabelecidas pelo Plano de Ação para a Recuperação e Desenvolvimento do Haiti, documento aprovado em reunião preparatória e que contém as principais necessidades em áreas como infraestrutura, educação e saúde.
Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a comunidade internacional não deve limitar a ajuda ao momento emergencial:
- No momento em que passamos da ajuda de emergência à reconstrução a longo prazo, devemos reconhecer que não podemos nos contentar com o normal.
Segundo Ban, a missão dos países é distribuir os recursos entre vários projetos e programas específicos durante os próximos 18 meses:
- O que imaginamos hoje não é outra coisa que uma reconstrução nacional total
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